Estudo brasileiro mostra que as mulheres com formação superior ficam mais solteiras que os homens
Um estudo divulgado pelo jornal "Folha de São Paulo" revelou que as mulheres com formação superior ficam mais solteiras que os homens (instruídos).
O mesmo estudo revelou ainda que o nº de mulheres solteiras com nível superior supera em 54% o número de homens. Já nos outros grupos de instrução, a diferença não passa de 10%!
São 800.000 mulheres solteiras, separadas ou viúvas a mais, que não vivem com um cônjuge.
Isto é provavelmente uma consequência do que aconteceu no passado:
> Nos últimos 30 anos, as mulheres avançaram mais que os homens na educação. Para se ter uma ideia, em 1981, a população masculina com nível superior era 35% maior que a feminina. Já no final da última década, as mulheres superavam os homens em 27%!
Segundo Eduardo Rios Neto - demógrafo do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG - essa reversão do hiato educacional já afeta o mercado de casamento, pondo em xeque o modelo tradicional de mulher casando com homem de instrução maior ou igual.
Hoje já é mais comum encontrar casais em que a mulher é mais instruída do que o inverso. No caso das mulheres com formação universitária, 52% já vivem com um cônjuge menos instruído.
"Em muitos países da Europa, casar não é tão fundamental. A mulher pode investir na carreira e não se sentir infeliz por ser solteira. Mas, no Brasil, não ter marido ainda é visto como fracasso social", afirma a antropóloga Mirian Goldenberg.
Ela diz que há o agravante de as mulheres terem sido culturalmente educadas a procurar um parceiro mais velho, rico e instruído.
"Para aquelas que chegaram ao topo, não adianta olhar só para cima. Se o casamento for tão importante, terão que olhar também para baixo", diz a antropóloga.

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